Resumo
Quando a bela Kate Mayhew é contratada como dama de companhia de Isabel, filha de Burke Traherne, o Marquês de Wingate, ele se vê numa situação complicada.
Por um lado, ele tem consciência de que a Srta. Mayhew é exatamente o que a jovem precisa, pois ela parece ter herdado seu gênio irascível e já conquista uma fama pouco desejada em sua primeira temporada na sociedade londrina. No entanto, ao admitir a Srta. Mayhew em sua casa, o Marquês é obrigado a administrar a atração que sente pela moça. O grande inconveniente é que o cargo que ela ocupa a impede de se tornar uma de suas amantes. E Burke vive sob o juramento de nunca mais se casar, depois de ter flagrado a ex-esposa num ato de traição.
Já a Srta. Mayhew tem os próprios problemas: o fato de não conseguir parar de pensar em um homem pelo qual jurou nunca se apaixonar, além de um escândalo do passado que ela não poderá manter em segredo para sempre.
Ousará a bela moça lutar contra seus desejos e os fantasmas que parecem perseguí-la? O homem que frequenta seus sonhos mais despudorados e o que habita seus piores pesadelos se aproximam cada vez mais, e a Srta. Mayhew não sabe por quanto tempo ainda conseguirá suportar.
Resenha
Parece que toda vez que leio um romance bem humorado, acabo estremecendo ao invés de rir. Tantos romances contam com personagens desajeitados e situações dolorosamente forçadas para criar humor. Felizmente em Um Amor Escandaloso, Patricia Cabot evita esses estratagemas. Seu humor vem de seus personagens e das reações das situações que ocorrem a seu redor. Por exemplo, a cena em que Kate acidentalmente vê Burke nu, é uma piada. Ri demais.
Kate Mayhew costumava fazer parte da sociedade londrina, até seus pais morrerem após um escândalo e em circunstâncias misteriosas. Agora, a melhor coisa que ela pode fazer é trabalhar como governanta, até que o notório Burke Traherne, Marquês de Wingate a contrata para ser a dama de companhia de sua rebelde filha, Isabel.
Com a ajuda de Kate, Isabel se torna apresentável e quase gerenciável. No entanto, o escândalo ameaça novamente quando a jovem insiste em receber atenções de um pretendente inaceitável. Enquanto isso, Daniel Craven, uma figura ligada ao passado de Kate, surte para assustá-la. Como se todas essas situações não fossem o suficientes, Kate e Burke se sentem atraídos.
Kate é uma dama de companhia formidável, no entanto, certos aspectos de seu passado deixam a desejar. Para se tornar uma personagem mais interessante ela teria se tornado mais crível se tivesse compartilhado seu passado com Burke assim que Daniel Craven decidiu reaparecer. E além disso, sua reação ao vê-lo não faz tanto sentido quando descobrimos suas suspeitas.
Burke inicia como um lorde inglês insuportável, humoristicamente insuportável, é claro. Ele é mal humorado e propenso a atirar coisas, quebrar vitrais em acessos de fúria. Um perfeito alfa, um alfa engraçado no meu ponto de vista. Mas depois que o conhecemos bem, percebemos que tudo o que ele realmente quer é paz e sossego.
Apesar de tudo, Kate e Burke formam um belo casal. Ambos feridos por escândalos, embora reajam de formas muitos diferentes, e isso os torna adequados um ao outro. As vezes formavam suposições um sobre o outro que só atrapalhava o desenrolar do relacionamento. Suas cenas de amos tornam-se quase frequentes perto do fim.
Isabel consegue ser agradável em certas ocasiões, embora seja insuportável e malcriada as vezes.
Freddy, o amigo de Kate, poderia ter aparecido mais, me pareceu a princípio ser um nobre bobo e mimado, mas em algumas cenas ele se mostrou um bom amigo que não se deixa levar pelas opiniões alheias.
Patricia Cabot é uma daquelas escritoras que podem usar o ponto de vista com grande vantagem em humor e ironia. Por exemplo, ela mostra acontecimentos diferentes do ponto de vista de Kate e Burke, e permite que a disparidade entre as reações acenda a faísca do humor. Além de manipular nossas reações.
Embora eu tenha gostado do livro, a história ficou lenta no final. Kate e Burke tinham um objetivo muito importante, mas ficavam parando para dormir juntos. Embora a autora escreva boas cenas de amor, seu excesso se tornou tedioso, especialmente quando o objetivo que perseguiam era muito mais importante que seus próprios desejos. E, além disso, a adição de uma subtrama misteriosa nem sempre combina bem com o tom humorístico do romance. Não ajudou que o mistério realmente não fosse um mistério. Apesar de todas essas falhas, este livro é engraçado, sexy e romântico, e é isso o que importa.
Se você gosta de livros profundos bem detalhados do período e impacto emocional, este não é o livro para você. Se você gosta de romances engraçados, mas prefere o humor acentuado com uma ou duas frases, provavelmente também não gostará desse livro. No entanto, se você gosta de humor espirituoso, Um Amor Escandaloso pode ser exatamente o que você precisa como redutor de estresse.
Patricia Cabot é pseudônimo de Meg Cabot, autora best-seller do New York Times, com mais de 25 milhões de exemplares vendidos no mundo.
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